01/07/2016

carta aberta com alguns pontos positivos pra você assistir "gilmore girls"


Eu devia ter uns oito anos quando o SBT exibia maratonas e maratonas de séries nas tardes de sábado.  Em algum momento, a emissora colocou o apresentador Celso Portiolli para atender ligações de telespectadores epertinhos que queriam faturar uma grana (numa época que a internet ainda não caminhava muito bem no Brasil (seria 2003, 2004?)). Mas foi nesse emaranhado que o SBT resolveu exibir “Tal Mãe, Tal Filha”, título nacional para “Gilmore Girls”.

Não entendia bulhufas da série em questão, mas lembro-me vagamente que assistia por falta de opção.  As tardes de maratona acabaram,  e a série com o título nacional mais legal e condizente, também acabou (não lembro do SBT exibindo a série em outros horários).


Não lembro como aconteceu, mas foi mais ou menos assim: eu estava procurando uma série pra assistir, um post sobre “Gilmore Girls” pipocou na minha frente em um site de torrents, ou seja, liguei a vontade de começar algo com a preguiça de achar outra coisa que me chamasse mais a atenção. Sempre tive vontade de revisitar “Gilmore Girls”, mas não era algo urgente, afinal, eu nem gostava tanto assim, certo?

Acontece que, “Gilmore Girls”, é muito mais que uma série. É um show que merece ser apreciado e entendido. É possível sentir o amor em casa episodio. Digo, você realmente entende, desde a primeira cena do primeiro episódio que, a criadora da série, Amy Sherman-Palladino, ama aquilo. Você percebe o esmero com que foi feito e percebe também que a proposta não é ser apenas mais uma série bacana sobre mãe filha pra ganhar uns pontinhos de audiência.  “Gilmore Girls” é clichê na proposta, mas é totalmente ousada em sua simplicidade.


“Gilmore Girls” é, de fato, o show mais simplório que você assistirá. Não tem malabarismos e o fluxo de todos os episódios  seguem um equilíbrio e uma linha de raciocínio muito real. Aqui, aquele ditado de “acompanhar o amadurecimento de determinado personagem”, realmente é válida.

O comentário sobre a série pode soar um tanto vago, mas acontece que você sabe todos os clichês: a série tem uma excelente trilha sonora e um roteiro afiadíssimo. Acompanhar a série e entender todas as referências pop’ s que são feitas pelas personagens principais é algo louvável. Invejar Lorelai Gilmore ou a relação de mãe e filha é algo também completamente natural.


Eu queria ter uma Lorelai Gilmore como mãe e, em algum momento, você também vai desejar isso.

Acontece que, “Gilmore Girls”, causa algumas reflexões. Aliás, causa boas reflexões. Seja em alguma atitude fora da caixinha tomada pelas garotas Gilmore, seja nas indecisões que cada uma vive. Sem contar que, numa cidade tão amalucada como “Sars Hollow”, se sentir acolhido ou achar algum personagem que bate com a sua personalidade, é algo também compreensivo e, por que não, reflexivo. Afinal, entender e amar um personagem (que era pra ser irritante) como o Kirk é algo que, de fato, causa alguma reflexão.

Em todo caso, apenas assista. “Gilmore Girls” é, antes de tudo, uma experiência de vida.


Um comentário:

Renata disse...

Lembro de ver Gilmore Girls com a minha mãe, no sofá de casa. Eram momentos muito legais! <3